Cidadania em foco
Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político
Data: 01 a 07 de setembro/ 2014, em todo o país.A votação será em cédula e contará com apenas uma pergunta: "Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do sistema político?" SIM ou NÂO... Eleitores: professores, administrativos, pais, comunidade e alunos maiores de 16 anos com documento RG.
A votação acontecerá em todas as escolas do país.
O que é o Plebiscito pela Constituinte?
O que é
um Plebiscito Popular?
Um
Plebiscito é uma consulta na qual os cidadãos e cidadãs votam para aprovar ou
não uma questão. De acordo com as leis brasileiras somente o Congresso Nacional
pode convocar um Plebiscito.
Apesar
disso, desde o ano 2000, os Movimentos Sociais brasileiros começaram a
organizar Plebiscitos Populares sobre temas diversos, em que
qualquer pessoa, independente do sexo, da idade ou da religião, pode trabalhar
para que ele seja realizado, organizando grupos em seus bairros, escolas,
universidades, igrejas, sindicatos, aonde quer que seja, para dialogar com a
população sobre um determinado tema e coletar votos.
O
Plebiscito Popular permite que milhões de brasileiros expressem a sua vontade
política e pressionem os poderes públicos a seguir a vontade da maioria do
povo.
O
que é uma Constituinte?
É a
realização de uma assembleia de deputados eleitos pelo povo para modificar a
economia e a política do País e definir as regras, instituições e o
funcionamento das instituições de um Estado como o governo, o Congresso e o
Judiciário, por exemplo. Suas decisões resultam em uma Constituição. A do
Brasil é de 1988.
Porque
uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?
Nos
meses de Junho e Julho de 2013 milhões de jovens brasileiros foram às ruas para
lutar por melhores condições de vida, inicialmente contra o aumento das tarifas
do transporte, mas rapidamente a luta por mais direitos sociais estava presente
nas mobilizações, pedia-se mais saúde, mais educação, mais democracia. Nos
cartazes, faixas e rostos pintados também diziam que a política atual não
representa essa juventude, que quer mudanças profundas na sociedade brasileira.
As
mobilizações das ruas obtiveram conquistas em todo o país, principalmente com
as revogações dos aumentos das tarifas dos transportes ou até diminuição da
tarifa em algumas cidades, o que nos demonstrou que é com luta que a vida
muda! Mas a grande maioria das reivindicações não foram atendidas pelos
poderes públicos.
Não
foram atendidas porque a estrutura do poder político no Brasil e suas “regras
de funcionamento” não permitem que se avance para mudanças profundas. Apesar de
termos conquistado o voto direto nas eleições, existe uma complexa teia de
elementos que são usados nas Campanhas Eleitorais que “ajudam” a garantir a vitória
de determinados candidatos.
A
cada dois anos assistimos e ficamos enojados com a lógica do nosso sistema
político. Vemos, por exemplo, que os candidatos eleitos têm um gasto de
Campanha muito maior que os não eleitos, demonstrando um dos fatores do poder
econômico nas eleições. Também vemos que o dinheiro usado nas Campanhas tem
origem, na sua maior parte, de empresas privadas, que financiam os candidatos
para depois obter vantagens nas decisões políticas, ou seja, é uma forma clara
e direta de chantagem. Assim, o ditado popular “Quem paga a banda, escolhe a
música” se torna a melhor forma de falar do poder econômico nas eleições.
Além
disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um
Congresso de deputados e senadores que fazem parte da minoria da População
Brasileira. Olhemos mais de perto a sua composição:
- mais de 70% de fazendeiros e empresários (da
educação, da saúde, industriais, etc) sendo que maioria da população é
composta de trabalhadores e camponeses.
- 9% de Mulheres, sendo que as mulheres são mais
da metade da população brasileira.
- 8,5% de Negros, sendo que 51% dos brasileiros
se auto-declaram negros.
- Menos de 3% de Jovens, sendo que os Jovens (de
16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado do Brasil.
Olhando
para esses dados, é praticamente impossível não chegar a conclusão de que “Esse
Congresso não nos representa!!!” e que eles não resolverão os problemas que
o povo brasileiro, em especial a juventude, levou às ruas em 2013.
E
para solucionar todos esses problemas fundamentais da nossa sociedade
(educação, saúde, moradia, transporte, terra, trabalho, etc.) chegamos a
conclusão de que não basta mudarmos “as pessoas” que estão no Congresso.
Precisamos
mudar “as regras do jogo”, mudar o Sistema Político Brasileiro. E isso só será
possível se a voz dos milhões que foram as ruas em 2013 for ouvida. Como
não esperamos que esse Congresso “abra seus ouvidos” partimos para a ação,
organizando um Plebiscito Popular que luta por uma Assembléia Constituinte, que
será exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político
Brasileiro, pois somente através dessa mudança será possível alcançarmos a
resolução de tantos outros problemas que afligem nosso povo.
http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/o-que-%C3%A9-o-plebiscito-pela-constituinte
Reviewed by Alunos do Ensino Médio
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